Esmaltes podem causar câncer… Será?!

2 maio

Eu, como uma leitora assídua de blogs, tento estar sempre informada nas novidades, para trazer à vocês.

Pois bem, li uma matéria muito interessante no Cosmeticagem, sobre uma possibilidade de alguns esmaltes que costumamos usar serem cancerígenos, vale ser passada à vocês:

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Foi divulgado na imprensa o resultado de um teste, encomendado pelo Proteste (órgão de defesa do consumidor), com os esmaltes das marcas Risqué, Impala e Colorama, onde, segundo o Proteste, “alguns dos produtos mais vendidos do país contêm ingredientes que podem provocar não apenas alergias, mas também câncer“.

Peraí: CÂNCER?

Como comunicadora, tenho a obrigação de informar. Mas informar BEM, com RESPONSABILIDADE e RESPEITO (blog não é bagunça, gente. Pelo menos o nosso não).
Afirmar que algo é “potencialmente cancerígeno” é pesado demais, e com certeza seria motivo de pânico para quem utiliza esmaltes das marcas em questão (confesso que eu mesma fiquei assustada ao ler a notícia), pra gente sair espalhando sem confirmar.

Entrei em contato com a assessoria da Impala e Risqué, que tiveram os produtos reprovados no teste.

A assessoria da Impala, via e-mail, informou o seguinte:

Laboratório Avamiller de Cosméticos Ltda, responsável pela marca Impala, informa que todos os seus produtos atendem integralmente a legislação brasileira vigente, sendo notificados na GGCOS (Gerência Geral de Cosméticos) da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Sobre os itens da linha hipoalergênica, todos possuem testes clínicos de sensibilização cutânea e fotoalergia, que nos permite a utilização do termo “Hipoalergênico”. Estes testes são recomendados pelo “Guia para Avaliação de Segurança de produtos Cosméticos” emitido pela ANVISA. Os métodos utilizados são normas internacionais de pesquisa para seres humanos (Declaração de Helsinque) e atendem a Resolução 196 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde e suas complementares, sendo realizado por laboratório habilitado na REBLAS (Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde).

O componente Dibutilftalato citado na composição do produto e em rotulagem tem seu uso permitido em esmaltes no MERCOSUL e foi adotada igualmente pelos países signatários deste Mercado Comum inclusive o Brasil. Os produtos da linha hipoalergência seguem estritamente a regulamentação da ANVISA vigente definida pela Resolução 343/05 desta agência e demais resoluções pertinentes.

Sobre o uso dos produtos por crianças, o Laboratório Avamiller de Cosméticos Ltda. reforça o aviso às mães que qualquer produto para uso infantil é produzido com diferentes normas e formulações. O uso de esmaltes para adultos em crianças não é recomendado.

O Laboratório Avamiller de Cosméticos Ltda. reafirma que todos os produtos da marca são seguros para o uso dos consumidores.


Conversei por telefone e e-mail com a assessora de imprensa da Risqué, que em nota oficial declarou:

A Niasi, empresa que produz a marca Risqué, com uma história de mais de 75 anos no mercado de produtos de beleza, vem esclarecer os questionamentos da pesquisa sobre esmaltes e seus componentes levantados pela Proteste:

1)       Todos os itens da linha Risqué têm registros de produtos válidos na ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – e cumprem rigorosamente todas as determinações das legislações vigentes brasileiras. As substâncias utilizadas em nossos esmaltes são aprovadas pela ANVISA e cumprem os níveis permitidos pela legislação. Nossos produtos são submetidos a rigorosos testes que comprovam sua segurança e qualidade;

2)       A Proteste utiliza a legislação europeia para fazer analise dos produtos e não a brasileira e nem a americana. Na legislação Europeia existem restrições diferentes. Os testes da Proteste não foram acompanhados pela empresa, que não foi notificada e nem consultada antes da sua realização. Também, a Proteste não divulgou o nome do laboratório responsável pelos testes;

3)       Vale rassaltar que segundo a IARC (International Agency for Reserch on Cancer), agência vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), ao contrario das afirmações da Proteste, as substâncias tolueno, nitrotolueno e furfural não são consideradas cancerígenas;

Além disso, a Risqué informou que “as substâncias nitrotolueno e furfural não são adicionados na produção. O problema destas substancias é que são tidas como reagentes. Elas podem ser encontradas em quantidades MINIMAS tidas como traço (em valores inferiores a 0,02%) ou subprodutos de matérias-primas utilizadas.”

Bem, eu, leiga em química como sou (e como a maioria de vocês deve ser), consultei o Prof. Daniel Alves de Melo, que dá aulas na disciplina de Química Toxicológica, do curso de graduação em Química da Universidade Federal do Paraná – UFPR, sobre o risco dessas substâncias (tolueno, nitrotolueno e furfural) serem cancerígenas. Eis a resposta:

Os 3 produtos são classificados no grupo 3B de cancerígenos. Isto é, existe comprovação que provocam câncer em animais de laboratório, mas, não existem evidências suficientes em humanos para se afirmar que são cancerígenos.
O potencial cancerígeno deles é pequeno o suficiente para que seu uso seja possível em esmaltes. O risco está nos trabalhadores que se expõem em lugares fechados por longo tempo, ex. salão mal ventilado.

Entrei em contato com o Proteste a fim de saber como foi feito o teste, e questionando porque as marcas não foram notificadas e de onde provém a informação de que os compostos encontradas são “comprovadamente cancerígenos“, via formulário de contato com a central de relacionamento disponível no site, mas não obtive retorno até o momento.

Não é a primeira vez que dizem que algo pode causar câncer levando em consideração apenas estudos preliminares (como aconteceu com o café, na década de 70O curioso é que em 2010, foi divulgado um estudo constatou que o café pode ajudar a PREVINIR câncer de fígado).

Casos de alergia a alguma das substâncias utilizadas nos esmaltes podem ocorrer, assim como podem ocorrer com comidas, bebidas, medicamentos… Em caso de alergia, suspenda o uso e consulte um dermatologista.

Eu continuarei utilizando meus esmaltes tranquilamente, pois como foi afirmado pelas assessorias, ambas as marcas cumprem todas as exigências da ANVISA e respeitam a legislação nacional (afinal, se não respeitassem não estariam há tanto tempo no mercado).

Quero agradecer as assessoras de imprensa da RisquéImpala, e ao Prof. Daniel Alves de Melo, que em muito contribuiram para o esclarecimento do caso.

Se houverem novidades a respeito, informo vocês.

Beijos

Para ler a matéria original clique aqui.

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Eu concordo plenamente com a opinião da Tatty, e acho que não devemos nos alarmar com algo que nem está, realmente, comprovado.

E vocês, o que acham desse teste que a Proteste realizou? Vocês pensam em parar de usar esmaltes, depois de ler essa matéria?

Comentem ai…

Bju, Bju…

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